O Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA) vem de pôr em marcha um
programa educativo destinado ao
alunado de primária e do primeiro
ciclo da ESO em Espanha , enquanto em Portugal vai destinado ao alunado dos três ciclos do ensino básico, com o objetivo geral
de “trabalhar por um futuro melhor
para as pessoas”. O seu título é
Valores de Futuro e pretende dotar
ao alunado de recursos e ferramentas
para manejar e manejar-se
da melhor maneira com o dinheiro e o
seu uso.
O programa educativo está dividido em sete blocos temáticos
que incluem 56 unidades didáticas
através das que se vai
destilando a postura do BBVA
com respeito ao uso do dinheiro na vida
de rapazes e raparigas de entre 6 e
14 anos. O objetivo explícito é converter esta audiência em futuros consumidores, hipotecados e
investidores, totalmente
inseridos na dinâmica bancária. O
discurso é completamente acrítico e
parcial, legitima o capitalismo de face mais neoliberal e tem como objetivo
que o alunado assuma o statu quo atual, no que a banca aparece
como um agente financeiro e social
indiscutível. Mais umha vez o assalto do ultraliberalismo na educaçom, como no recente caso da fundaçom Empieza por Educar.
Umha análise mais detalhada das implicaçons do programa educativo "Valores de Futuro" pode ver-se no periódico Diagonal do 12 de março.